terça-feira, 29 de outubro de 2019

Nuno Júdice - As máscaras do poema [1.ª ed.]

Nuno Júdice - As máscaras do poema [1.ª ed.]




Nuno Júdice - As máscaras do poema
1.ª ed., Colecção Parque dos Poetas, Aríon, 1998. 269pp.

Desenho da capa por Luís Manuel Gaspar.

preço 15,00 euros(portes incluídos)

a obra ao negro,tradução dee antónio ramos rosa,luísa neto jorge manuel joao gomes

Marguerite yourcenar- a obra ao negro,tradução dee antónio ramos rosa,luísa neto jorge manuel joao gomes., publicações dom quixote, lisboa, 1985,275 pp., br.,

 preço 10,00 euros portes grátis

sábado, 26 de outubro de 2019

Les Caractères de Théophraste, avec les caractères ou les moeurs de ce siècle


Les Caractères de Théophraste, avec les caractères ou les moeurs de ce siècle
La BRUYERE (Jean de)
Edité par Aug. Delalain (1818)

2 vols. encadernação inteira a pele + encadernação a meia pele inglesa
 Aug. Delalain, 1818. C. Nouvelle édition augmentée de notes par Coste. 2 volumes in-16 de 370 & 330
La Bruyère é famoso por uma única obra, dos Personagens ou costumes do século (Les Caractères ou les Mœurs de ce siècle) (1688).[1] Este livro, composto de um conjunto de peças curtas de literatura, é uma crônica do espírito essencial do século XVII. La Bruyere foi um dos escritores do passado que destacou o "estilo" da literatura, desenvolvendo um fraseado rítmico em que os efeitos de ruptura são fundamentais. Este estilo incentiva a leitura em voz alta, indicando o estado de atividade dos juízos morais pela operação retórica obtida através da leitura em voz alta para o público. La Bruyere dedica uma seção inteira a caracteres de eloquência perversos. Muitos autores têm seguido o caminho traçado pela estilística La Bruyere desde Marivaux, de Honoré de Balzac e de Marcel Proust, passando por André Gide.
preço 50,00 euros

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A-SSI-YANG-KUO-ARQUIVOS E ANAIS DO EXTREMO ORIENTE PORTUGUÊS - 3 vols

A-SSI-YANG-KUO-ARQUIVOS E ANAIS DO EXTREMO ORIENTE PORTUGUÊS
Pereira, J.F.Marques

1995,In-4º de 3 vols.B.,Macau

Edição facsimilada que tem dois volumes dedicados aos Arquivos publicados entre 1900-02 e ainda um terceiro volume que reproduz os números do jornal publicados

60,00 € + Portes

domingo, 20 de outubro de 2019

ASSIM SE FAZ O PRESÉPIO

VALADAS (Jorge Escalço),
— ASSIM SE FAZ O PRESÉPIO. Colecção Educativa. Direcção-Geral do Ensino Primário. 11x16,5 cm. B.

Livro com numerosos moldes em folhas desdobráveis de tudo o que se insere num presépio: figuras principais,  secundárias, igreja, casa, moinho, cenário, em várias opções de materais: madeira, barro, cartolina, etc.
Capa e ilustrações de Jorge Escalço Valadas.
Preço:, 20,00 euros

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

AGORA SIM

AGORA SIM,
Adriana,Barreto

 Agora Sim Traz, Além De Muitas Fotos Dos Trabalhos De Adriana, Texto Crítico Do Curador Alberto Saraiva, Uma Entrevista Com A Artista Abordando Seu Percurso E Seus Trabalhos Atuais, Realizada Pela Curadora Zalinda Cartaxo, E Um Texto Da Jornalista Theresa Walcacer, “Paisagens Do Ateliê”, Sobre A Observação Do Processo De Trabalho De Adriana.
preço:60euros

) LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES.




ROCHA MARTINS. (Francisco)
LISBOA HISTÓRIA DAS SUAS GLÓRIAS E CATÁSTROFES.



da Academia de Ciências de Lisboa. Edição Comemorativa do 8º Centenário da Capital. Editorial Inquérito Limitada. Lisboa. 1947.Obra em 2 volumes. De 25x19 cm. Com 1407 pags.

Encadernação do editor.Profusamente ilustrado e com gravuras desdobráveis.
preço: indisponível

sábado, 12 de outubro de 2019

Glashütte Original. Handmade in Germany. Die Kollektion.

Glashütte Original. Handmade in Germany. Die Kollektion.
Glashütte:


Published by Glashütte, Selbstverlag.,, 2012, 205 p.,
cartonagem editorial profusamente ilustrado
preço: 30,00€




OLIVEIRA (ANTÓNIO CORRÊA D') - JÚLIO DENIZ.

OLIVEIRA (ANTÓNIO CORRÊA D') - JÚLIO DENIZ.







Poema que ...o leu na Romagem de Agramonte em 14 de Novembro de 1939-

Porto, Câmara Municipal, 1939- In. 4º de 15 págs. Br.,

Separata do Boletim Cultural do Porto. Pouco vulgar

€ 20,00

Guide et plan de LISBONNE

 Cabral DO NASCIMENTO and António Soares
Guide et plan de LISBONNE - Portugalia editora 29 pp., + mapa desdobrável 1955



preço: 20,00€

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Feiras Novas: 1826-2006», última obra de Amândio de Sousa Vieira

Feiras Novas: 1826-2006», obra monumental de Amândio de Sousa Vieira!...

“Diante dos nossos olhos move-se assim um período histórico de quase dois séculos, não apenas o do evento, o do acontecimento rápido, mas o desse tempo longo que capta a vida profunda”.
Luís Dantas

Ficamos completamente fascinados com a obra monumental que nos veio parar às mãos, amavelmente oferecida por seu autor, o nosso particular amigo /irmão Amândio de Sousa Vieira. Só quem tem uma sensibilidade apuradíssima de artista, poderá conceber tal preciosidade. Se, tal como um dia afirmou Walter Firmo «a função de uma fotografia é sobretudo educar, levando ao espectador algo de novo: o acto de ver uma fotografia será sempre do conhecimento», somos forçados à subsequente interrogação quanto ao conhecimento de quem produz a imagem – a que chamam fotografia – na sua originalidade embrionária.



«Feiras Novas: 1826-2006», última obra de Amândio de Sousa Vieira, é um diamante lapidado, porque sabemos da sua delicada mestria no tratamento de documentos, na manipulação dos produtos que irão dar vida a carunchosas e/ou desmaiadas memórias impressas; do paternal carinho emprestado às partículas desarticuladas da imagem real; e, do brilho dos seus olhos quando vêem desempoeiradas as próprias memórias. Pela condição genética – assumidamente genética, porque com alma –, sendo que as terras limianas são a sua “pátria”, Amândio de Sousa Vieira acaba de prestar, ao distrito e quiçá ao país, um inestimável serviço cultural, serviço esse que competiria a quem tem obrigação para tal e não o faz ou, sorrateiramente, se vai cobrindo com o dinamismo intelectual dos outros. Infelizmente, o mesmo acontece com todos os outros escritores limianos – e não só –, sendo que alguns Amândio de Sousa Vieira, inteligentemente, acaba por os inserir na sua obra. Pela pertinência bibliográfica, passamos a citar: Abel Baptista, Alberto do Vale Loureiro, Alberto Madeira Miranda, Alexandre Reigada, Amândio de Sousa Dantas, Aníbal Marinho, Aníbal Rocha, António Amorim, António Coelho de Sousa Machado, António Manuel Couto Viana, António Feijó, António Nobre, António Porto-Além, António Vieira Lisboa, Pe. Artur Coutinho, Augusto de Castro e Sousa, Pe. Carlindo Vieira, Carlos Lima Magalhães (Menã), D. Carlos Martins Pinheiro, Carlos Passos, Casimiro Pereira Alves, Cláudio Lima, Conde d’Aurora, Conde da Freiria, Daniel Campelo, Delfim Guimarães, Delfim Magalhães, Eduardo de Castro e Sousa, Ermelinda Mendes, Faria de Morais, Fernando Augusto de Vasconcelos Calheiros de Barros, Fernando da Silva Pereira, Francisco Bernardino, Francisco Sampaio, Franclim Castro Sousa, Gaspar Pacheco Maia, Humberto Lopes, João Barros, João Carlos Gonçalves, João Dantas Guerra, João Gomes d’Abreu, João Marcos, João Verde, Jaime Ferreri, José António Cunha, José Carlos Magalhães Loureiro, José Castilho, José Guerra dos Santos de Matos, José Maria Cerqueira, José Rosa Araújo, José Sousa Vieira, José Velho Caldas, Júlio de Lemos, Luís de Sousa Dantas (autor do prefácio), Luís Forjaz Trigueiros, Madalena Vieira Martins, Pe. Manuel Dias, Maria Cândida Brandão, Maria João Vieira, Maria Manuela Couto Viana, Mário Freire, Miguel de Lemos, Pai-Paulino, Pedro da Silva, Pedro Vitorino, Ribeiro da Silva, Rodrigo Veloso, Rosária Sá Coutinho, Rui Quintela, Severino Costa, Susana Espadilha, Teófilo Carneiro, Ulisses Duarte e Victor Castilho. Tal como um dia escreveu Fernando da Silva Pereira: Para Amândio Vieira, as Feiras Novas têm uma componente humana única. Nas festas de Ponte de Lima, “é que, em rapaz, via os cavalinhos”, e, um dia, fotografou “um menino, cansado da romaria, a dormir em cima do chapéu do pai”, Amândio de Sousa Vieira escreve sentimentos e emoções com a imagem. Que forma bela de amar a sua terra!...
Se não soubéssemos do seu apego à vida e a Ponte de Lima, o que nos faz antever uma produção cultural cada vez mais elevada, estaríamos em dizer que nada mais de tão magnificente será produzido em Ponte de Lima, daqui para o futuro.
«Feiras Novas: 1826-2006», uma obra com nota máxima!Publicada por Porfírio Pereira da Silva
preço: 30.00 €

Património Imaterial de Ponte de Lima.

CAMPELO, Álvaro - Património Imaterial de Ponte de Lima.
Ponte de Lima: Município de Ponte de Lima, 2007. 267 p.

Preço: €20,00

Cerámica. Decoración de porcelana y loza

Cerámica. Decoración de porcelana y loza
Roberto Álvarez Amero
-

Ediciones Trucco,1944,  192 Págs. México, br.,ilustrado,
preço: 20,00 euros

HISTORY OF COCA, "THE DIVINE PLANT" OF THE INCAS

HISTORY OF COCA, "THE DIVINE PLANT" OF THE INCAS
Mortimer, M.D., W. Golden


Published bAND/OR Press, San Francisco, 1974. br., . 576pp. Facsimile Edition of 1901 publication. The Fritz Hugh Ludlow Memorial Library Edition,

€50.00(portes incluídos)

O MUNICÍPIO NO SÉCULO XIX

OGUEIRA (J. Felix Henriques).— O MUNICÍPIO NO SÉCULO XIX. (Edição Revista e anotada por Agostinho Fortes). Edição da Typographia de Francisco Luiz Gonçalves. Lisboa. s.d. 12x19 cm. 240 págs. E.



“HA quasi cinco annos que o auctor d’este opusculo formulou de um modo geral e complexo os principios do seu credo politico. Mais cheio de fé que de talentos, mais absorvido pelos interesses publicos que pelos seus proprios, mais contrariado que favorecido pela opinião, ainda somnolenta e semi-morta no nosso paiz, sobre certas questões vitaes, o auctor continuou, apesar d’isso, os estudos que havia encetado no começo de uma quadra esperançosa, mais tristemente perdida para a causa do povo. o resultado d’esses estudos é o presente trabalho sobre a organisação antiga, actual e futura dos nossos concelhos (...)”. — retirado da Introdução.

Inserido na colecção Bibliotheca d’Educação Nacional.
 preço: 30,00 euros

PORTUGAL AND PORCELAIN

PORTUGAL AND PORCELAIN,


METROPOLITAN MUSEUM OF ART, NEW YORK, 1985, ilustrado, 3.ª edição, 89 pp., br., 20,00 €

Moradas- Santa Teresa de Ávila

Moradas-
Santa Teresa de Ávila,

 tradução, introdução e notas de Manuel de Lucena, Assírio & Alvim, 1988, 231 pp., br, Preço: 25,00 euros

GRANDE ALMIRANTE DAS ESTRELAS DO SUL (O)

GRANDE ALMIRANTE DAS ESTRELAS DO SUL (O)
 SIMOES MULLER (Adolfo).— O GRANDE ALMIRANTE DAS ESTRELAS DO SUL.



Pequena história de Gago Coutinho e da primeira viagem aérea ao Brasil. Ilustrações de Fernando Bento. 4ª edição. (1962). Livraria Tavares Martins. Porto. 13x16,5 cm. 222-II págs. B. “Desta vez, é um herói vivo. (...) Gago Coutinho passeia, com a sua boina espanhola e a sua pitoresca rabugice, tanto nas ruas de Lisboa ou do Rio de Janeiro, como nas páginas inapagáveis da história. E, por isso, a sua biografia, além de tudo o que enobrece esta figura, possui um interesse especial. É que a maioria das pessoas, sobretudo a gente moça, tem a mania de atribuir aos heróis um aspecto de imaterialidade, como se eles, em vez de seres humanos, fossem personagens lendárias, criadas pela imaginação do povo ou dos escritores. Ora é bom que a mocidade se capacite de que essas figuras, no fim de contas, são pessoas como quaisquer outras (...). O que as diferencia do comum dos mortais e´, isso sim, o génio que as tocou e as faz, depois, servir a humanidade com o seu esforço abnegado e o seu talento superior (...)”” Livro inserido na bela colecção Gente Grande para Gente Pequena, dirigida por Adolfo Simões Müller, autor deste quinto volume. Ilustrações, impressas a negro e a cores, em folhas à parte, da autoria de Fernando Bento.
 €20,00 €

D. MANUEL DE PORTUGAL

...Rocha Martins
(D. MANUEL DE PORTUGAL)

Ano: s/d    Lisboa; Colecção História - Edição do autor; In-8º de 64 páginas; Brochado

Obra da colecção "Heroes, Santos e Martires da Patria"

.Preço:8,00€

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Pequena História da Imprensa Portuguesa

Pequena História da Imprensa Portuguesa
ROCHA MARTINS

 Lisboa, 1941 Editorial «Inquérito», Ld.ª1.ª edição 18,8 cm x 12,3 cm, 120 págs. encadernação modesta
indisponível

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Os homens e a morte na freguesia de Oliveira de Guimarães através dos seus Registos de Óbitos

Os homens e a morte na freguesia de Oliveira de Guimarães através  dos seus Registos de Óbitos

séculos xvii e xviiii), Norberta Bettencourt Amorim,

Guimarães 19882, 32 pp., br., preço: 6,00 euros

Exploração de Róis de Confessados duma Paróquia de Guimarães (1734- 1760)

Exploração de Róis de Confessados duma Paróquia de Guimarães (1734- 1760),
 Norberta Bettencourt Amorim,

Guimarães , 1983, 37 pp., br.,
preço: 6,00 euros

história de um fogo-morto

história de um fogo-morto


 (josé caldas) 1258-1848 viana do castelo 2 edição 1990
-livro usado, tendo em conta os anos que tem encontra-se num estado muito razoável,
edição da câmara municipal de viana do castelo, facsimile da 2 edição, 1990
Preço: 30,00€

identificação de pessoas em duas paróquias do Norte de Portugal (1580-1820)

identificação de pessoas em duas paróquias do Norte de Portugal (1580-1820),

Norberta Bettencourt Amorim Guimarães, 1983  70 pp., br,
Preço: 6,00 euros

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

no jardim das rimas

BRAGA LUIS DE ALMEIDA
no jardim das rimas


Revista Gil Vicente, Guimarães, 1952, brochado, 14 pgs.
Separata da Revista Gil Vicente, Vol. III, 2ª série, 1952.
exemplar enriquecido com a dedicatória do autor
15,00 €




domingo, 6 de outubro de 2019

Luminoso Afogado

Luminoso Afogado
A L BERTO
ROSA CARVALHO (desenhos)

Lisboa, 1995
Casa Fernando Pessoa / Edições Salamandra
1.ª edição [única]
22,5 cm x 21 cm
60 págs.
fotografia do autor: Adriana Freire
exemplar como novo
25,00 euros

Longo texto poético – «E se a morte te esquecesse? [...]», etc. – seguido de 17 desenhos a carvão. Corresponde ao período alto de internacionalização deste já falecido poeta, que foi para os da sua geração etária uma espécie de adido cultural.

Penas do Purgatório

Penas do Purgatório,
de MIGUEL TORGA



3.ª edição aumentada, 1954 Coimbra Editora73 pp.,
15,00€

sábado, 5 de outubro de 2019

Contes populaires du Pays des Basques


Contes populaires du Pays des Basques.
ANJOU (Pierre d').
-Illustrations hors-texte d'Alain SAINT-OGAN.



Description de l'article : P., Le Liseron (Colletion "Contes de France"), 1946, in 8.º, 131pp. ; couverture illustrée en couleurs (fanée, dos abimé).
Preço: 30,00 €

LENDAS E NARRATIVAS- 1877, 2 VOLS.

LEXANDRE HERCULANO,


LENDAS E NARRATIVAS, VIÚVA BERTRAND E C.IA, LISBOA, 1877, 2 VOLS.

Preço: 150,00 € 


Alexandre Herculano

Nascido em 28 de março de 1810, Alexandre Herculano estuda Humanidades no colégio dos Oratorianos com vista à matrícula na Universidade, mas a cegueira do pai força-o a abdicar desse projeto e a limitar-se a um curso prático de Comércio, estudos de Diplomática (Paleografia) e de Línguas.

Desde muito jovem que a sua vocação para as letras se manifesta: lê e traduz escritores românticos estrangeiros, como Schiller, Klopstock, ou Chateaubriand, escreve poesia, conhece Castilho e frequenta os salões da Marquesa de Alorna. Em 1831, depois do envolvimento na conspiração de 21 de agosto contra o regime absolutista de D. Miguel, exila-se primeiro em Inglaterra e depois em França. Aqui, e mais concretamente na biblioteca de Rennes, Herculano dedica-se ao estudo e inicia-se em Thierry, Guizot, Victor Hugo e Lamennais, autores que influenciarão profundamente a sua obra.

Em 1832, chega à ilha Terceira, nos Açores, integrado na expedição liberal liderada por D. Pedro e responsável pelo cerco do Porto. Nesta cidade, e depois da vitória liberal, é nomeado, em 1833, segundo bibliotecário da Biblioteca Pública e procede à sua organização.

Colabora no Repositório Literário (1834-1835) com vários artigos, dos quais se destacam dois que podem ser vistos como uma primeira teorização portuguesa do Romantismo. O primeiro, “Qual é o estado da nossa literatura? Qual o trilho que ela hoje deve seguir?”, apresenta um diagnóstico da literatura portuguesa e avança uma solução para o seu estado de decadência: o conhecimento das literaturas estrangeiras, principalmente da alemã, uma das primeiras em que o Romantismo se implantou. No outro texto, “Poesia – Imitação – Belo - Unidade”, Herculano sublinha a necessidade de a literatura portuguesa se voltar para as suas origens e traduz uma consciência nacional e moral que limita a visão da estética romântica europeia, condenando a “imoralidade” e a “irreligião” que, em sua opinião, Byron representava. Esta consciência nacional e moral está presente desde o início da sua poesia, através de um paralelismo estabelecido entre religião e pátria, espécie de profissão de fé do poeta romântico, que Herculano integrou numa visão liberal da sociedade, visível, por exemplo, em “A Semana Santa” (1829).

Em 1836, vem a público a primeira série de A Voz do Profeta (2ª série, 1837), folheto de caráter panfletário contra a Revolução de setembro, escrito no estilo grandiloquente de Paroles d’un Croyant de Lamennais. No ano seguinte, funda e dirige O Panorama, revista literária responsável pela divulgação da estética romântica, na qual Herculano publica estudos eruditos e as suas primeiras narrativas históricas.

Em 1838, publica A Harpa do Crente, coleção das poesias mais importantes, reeditada em 1850 com traduções/versões de Béranger (“O Canto do Cossaco”), Bürger (“O Caçador Feroz”, “Leonor”), Delavigne (“O Cão do Louvre”), Lamartine (“A Costureira e o Pintassilgo Morto”) e uma balada fantasmagórica ao gosto inglês (“A Noiva do Sepulcro”). As poesias desta coletânea apresentam reflexões sobre a morte, Deus, a liberdade, o contraste entre o inexorável fluir da vida humana e a permanência do infinito. Normalmente, estas meditações têm por testemunha uma paisagem, que impõe o sentimento da solidão e da infinitude, e traduz uma marcada oposição entre a cidade e o campo (por exemplo, “A Arrábida”). Está também presente um conjunto de poemas que se referem à guerra civil e ao exílio, testemunhos poéticos da instauração do liberalismo e da saudade do desterrado. Herculano tenta também dar voz à contemporaneidade através da poesia, à semelhança de Victor Hugo, atribuindo-lhe uma função pública, doutrinária e intervencionista e tratando temas de interesse político, social e religioso (“A Semana Santa”, “A Cruz Mutilada”; “O Mosteiro Deserto”; “A Vitória e a Piedade”, por exemplo). A nível formal, a poesia de Herculano apresenta uma retórica solene, com insistência num vocabulário evocativo do “belo horrível”, apocalíptico e sepulcral, longos eufemismos e alguns recursos clássicos como o hipérbato. A sua imaginação manifesta-se em paisagens marcadas por tempestades ou ruínas e na sugestão dos mistérios da religião e da morte. Estes traços predominantes, com especial relevo para as imagens funéreas de efeito fácil e sem grande conteúdo conceptual, estarão na base do Ultrarromantismo, e serão também postos em prática nas narrativas históricas, especialmente em Eurico, o Presbítero.

Em 1839, é nomeado por D. Fernando bibliotecário-mor das Reais Bibliotecas das Necessidades e da Ajuda. Nesta altura, entrega-se a um sistemático trabalho de pesquisa, influenciado pelos historiadores franceses Thierry e Guizot, de que resulta a publicação, em 1842, na Revista Universal Lisbonense, das “Cartas sobre a História de Portugal”. Estas constituem o ponto de partida para a História de Portugal, cujo primeiro volume sai em 1846 (os três seguintes em 1847, 1849 e 1853) e origina uma acesa polémica com o clero porque nele é posto em causa o “milagre de Ourique”; os textos desta polémica estão reunidos nos opúsculos Eu e o Clero e Solemnia Verba, publicados em 1850. É encarregado pela Academia Real das Ciências de recolher documentos antigos para a coletânea Portugaliae Monumenta Historica e, por isso, percorre várias regiões do país. Dessas viagens nasce Cenas de um Ano da Minha Vida e Apontamentos de Viagem (1853-1854). O contacto direto com a realidade nacional reforça a sua convicção de que o país necessitava de reformas a vários níveis: educativo, administrativo e económico.

Em termos políticos, Herculano identifica-se com a ala esquerda do Partido Cartista. É eleito deputado pelo Porto em 1840, mas, após ter apresentado um plano de ensino popular que não chega a ser posto em prática, desilude-se com a atividade parlamentar e abandona o cargo em 1841. Adere, então, à moderada Constituição de 1838, desaprova a restauração da Carta por Costa Cabral e dedica-se à literatura e à pesquisa. Mais tarde, depois do golpe da Regeneração, o escritor abandona a neutralidade política e colabora na formação do novo governo. No entanto, acaba por se opor ao ministério de Rodrigo da Fonseca Magalhães e Fontes Pereira de Melo. Funda os jornais O País (1851) e O Português (1853), onde põe em prática uma intensa atividade polémica contra o progresso meramente material preconizado pelo referido ministério. Entre 1854 e 1859, publica os três volumes de História da Origem e do Estabelecimento da Inquisição em Portugal. É um dos fundadores do Partido Progressista Histórico, em 1856. No ano seguinte, ataca vigorosamente a Concordata com a Santa Sé. Participa na redação do primeiro Código Civil Português (1860-1865), tendo proposto a introdução do casamento civil a par do religioso, o que originou uma nova polémica com o clero, que se pode ler no volume Estudos sobre o Casamento Civil (1866), logo colocado no Index romano. Desiludido com a vida política, retira-se para uma quinta em Vale de Lobos, arredores de Santarém, em 1867, comprada com o dinheiro ganho com a publicação dos seus livros. Aí dedica-se à vida agrícola e à produção de azeite, juntamente com D. Mariana Hermínia Meira, namorada da juventude, com quem casara em 1866, e que esperara pela realização da sua carreira literária. Neste seu exílio voluntário, Herculano continua a trabalhar nos Portugaliae Monumenta Historica, publica o primeiro volume dos Opúsculos (1872), intervém em polémicas, como a nascida da proibição das Conferências do Casino (1871) e a respeitante à emigração (1874), reúne os materiais para o quinto volume da História de Portugal e mantém uma abundante correspondência com personalidades literárias e políticas. Morre de pneumonia, depois de uma viagem a Lisboa, em 13 de setembro de 1877.

Poeta, jornalista, político, polemista e historiador, é todavia como romancista que Herculano será mais lembrado pelas gerações vindouras. As suas narrativas históricas assinalam o nascimento de um novo género na literatura portuguesa " o romance histórico ", no qual o autor pode pôr em prática as qualidades de investigador do passado, principalmente da Idade Média, e os seus propósitos pedagógicos.

Em 24 de março de 1838, publica n’ O Panorama a primeira narrativa histórica, O Castelo de Faria, e em novembro Mestre Gil. Estas e outras composições, publicadas também n’ A Ilustração, foram reunidas em dois volumes em 1851, sob o título de Lendas e Narrativas. Os romances O Bobo (vindo a público n’ O Panorama em 1843 e editado em volume em 1878), Eurico, o Presbítero (1844) e O Monge de Cister (1848), escritos à semelhança das obras do escocês Walter Scott, considerado por Herculano como “modelo e desesperação de todos os romancistas”, alcançaram um sucesso imediato e desencadearam uma onda de imitações que transformou o romance histórico em moda literária nacional em meados de oitocentos.

Nestas obras, o romancista cria cenários lúgubres e de dimensões trágicas, nos quais se movimentam românticos heróis atormentados por paixões e mulheres-anjo predestinadas para o sofrimento, sobrepostos a um pano de fundo histórico minuciosamente reconstituído. Eurico, forçado a abdicar de um amor impossível por Hermengarda, professa e transforma-se num sacerdote solitário, num poeta inspirado pelo amor e pela religião, e num “cavaleiro negro” misterioso e heroico, tingido por certas cores terríveis do romance negro. Dá voz à dor em cenários de imensidão e à luz da lua, recitando longos poemas marcados por uma grandiloquência solene, compondo hinos religiosos que ecoam nos templos da Espanha visigótica, desafiando a superioridade dos adversários para salvar a donzela amada, e, finalmente, entregando-se à morte num combate desigual, única solução para o dilema que lhe dilacera a alma: ama Hermengarda, mas não pode trair os votos que o prendem a Deus. Já Vasco, frade maldito de O Monge de Cister, cujo sacerdócio não abranda o ódio que o consome, leva o seu desejo de vingança ao extremo de negar a confissão ao homem que seduzira a irmã inocente. N’ O Bobo, o protagonista, Egas, vê a amada sacrificar-se para o libertar, mas perde-a para sempre quando assassina o rival com quem ela deveria casar.

Estes amores desesperados e estas personagens vítimas de uma fatalidade que as ultrapassa, são colocados em épocas remotas que o autor empreende retratar. Assim, ganha especial relevo a reconstituição do ambiente, através da acumulação de descrições de edifícios, monumentos, ou indumentárias, referências a costumes e práticas, a formas de convivência social, e até à linguagem, numa tentativa de criar a ilusão de total fidelidade a uma realidade pretérita. No entanto, e apesar desta rigorosa encenação, nem sempre Herculano consegue esconder as suas convicções. Por exemplo, a defesa do município, apresentada em O Monge de Cister, tem por finalidade convencer os leitores do século XIX das virtudes desse sistema administrativo, e não pode ser vista apenas como uma referência ao sistema em uso no fim do século XIV. Neste, como noutros pontos da sua obra, os caminhos do historiador e do romancista cruzam-se...

Com O Pároco de Aldeia, publicado n’ O Panorama em 1844 e em volume em 1851, Herculano cria o romance campesino, que servirá de modelo a Júlio Dinis, e apresenta como protagonista a figura do padre bondoso, protetor dos fracos e amado pelas crianças. Nesta obra, apresenta-se um retrato da vida rural marcado pela serenidade, e cujo ritmo é estabelecido pelo toque do sino e pelos rituais da igreja. Faz-se, assim, a apologia da superioridade do Catolicismo face ao Protestantismo, graças aos rituais e símbolos visíveis que guiam a crença popular e contribuem para a manutenção da moralidade pública.

Herculano herói do Liberalismo, guardião da moral e promotor da ideologia romântica nacional, é indubitavelmente, ao lado de Almeida Garrett, a figura fundadora do Romantismo português e a personalidade que de forma mais completa o representa.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Biblioteca personal

Biblioteca personal
BORGES, Jorge Luis

Published by Alianza, Madrid (1997)173 pags. Capa ilustrada, côr
preço:15,00€

Histórias de um Portugal Assombrado

Histórias de um Portugal Assombrado
Vanessa Fidalgo
Hoje o Palácio Beau Sejour é ocupado pelo Gabinete de Estudos Olisiponenses, da Câmara Municipal de Lisboa, mas noutros tempos foi a residência do Barão da Glória, que ainda hoje por lá anda a arrastar grossos volumes de livros e caixotes de documentos, para desespero dos funcionários, que, dias depois, voltam a encontrá-los no exato local onde haviam procurado. O barão também é culpado, acusam, pelo tilintar das chávenas em cima das mesas e pelo soar das campainhas da quinta de São Domingos de Benfica


preço:15.00€

BRUXAS À PORTUGUESA

COSTA (João Alves).— BRUXAS À PORTUGUESA. Livraria Bertrand. Amadora. (1980).

17,5x20,5 cm. 153-III págs. B. “Audaciosos e intrigante, mordaz e criativo, Bruxas à Portuguesa define-se como o mais original processo de investigação social e psicológico de um grupo de misteriosas personagens, girando em torno do marido de uma medium com residência algures no subsolo de Lisboa (...)” preço: €10,00

Novos poetas russos

Novos poetas russos
AAVV

 Editora: Limiar,1978 Pginas: 104,
preço: 15,00euros