Porquê «O Nome da Rosa»?
de Umberto Eco
Porquê o Nome da Rosa" Difel 1991, 64 pp., br,
“Escrevi um romance porque me apeteceu. Acho que é uma razão suficiente para alguém se pôr a contar uma história. O homem é um animal fabulador por natureza.”
Interrogado sobre algumas questões interpretativas do livro, o autor prontamente responde sem deixar de perceber que o que fez, fê-lo com enorme sentido de responsabilidade. Quando indagado do uso de “diálogos cinematográficos”, não se coibe de explicar que ele mesmo reconstituiu esses ditos diálogos de acordo com uma medição exaustiva da planta da abadia, o que se pode verificar no próprio filme. E quando o confrontam com facto de a matança do porco ser em Novembro, mês ainda pouco frio para tal faina, ele, logicamente, alega que, daí é que se deve o facto de localizar a abadia em ponto tão alto (são mais as abadias em pontos baixos). Além de que, o sangue era muito precioso para o enredo, para assim seguir os “passos” do Apocalipse.
Sobre o título desta obra, Humberto Eco diz que “um título deve confundir as pessoas e não orientá-las” não querendo assim que o próprio título constituísse desde logo uma chave interpretativa. Acrescenta ainda que, a ideia do Nome da Rosa lhe ocorreu por acaso, o que lhe agradou imenso devido ao facto de a rosa ser um figura tão simbólica, tão cheia de significados ao ponto de já quase não ter mais nenhum.
Inicialmente intitulado como a A Abadia do Delito, mesmo assim, este romance não realizaria o sonho do autor que seria intitular a obra como Adso de Melk, um título muito neutro já que Adso era também o narrador: “Os títulos que mais respeitam o leitor são os que se reduzem ao nome do herói”.
- O que mais vos aterroriza na Pureza? – pergunta Adso.
E Guilherme de Baskerville responde:
- A pressa.
Com profundos conhecimentos da época medieval Humberto Eco utiliza isso com uma habilidade enorme, desde a utilização dos conceitos à simbologia da época, conseguindo assim, uma reconstituição histórica da vida daquele mosteiro do século XIV. “Não é verdade, mas podia ser”.
Julgo que, até ao momento, o Nome da Rosa é daqueles filmes que melhor corresponde ao livro não defraudando, em quase nada, a interpretação do "eu" leitor. E agora, a leitura deste pequeno título de Humberto Eco "Porquê o Nome da Rosa", veio a ajudar a melhor perceber algumas questões que poderiam ter ficado soltas ou até nem se levantaram.
Preço:10,00 €
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terça-feira, 10 de março de 2020
domingo, 1 de setembro de 2019
OBRAS DE GIL VICENTE.
SOUSA (ARLINDO DE) - OBRAS DE GIL VICENTE.
(Estudo com transcrições de toda a obra Vicentina, e as peças completas da Exortação da Guerra, Auto da Alma, Côrtes de Júpiter, Inez Pereira e Quem tem Farelos?- notas e glossário. Texto segundo a edição princets de 1562).
Livraria Civilização. Porto.1940. In- 8º de 374-X págs.
Br
preço:€15,00
(Estudo com transcrições de toda a obra Vicentina, e as peças completas da Exortação da Guerra, Auto da Alma, Côrtes de Júpiter, Inez Pereira e Quem tem Farelos?- notas e glossário. Texto segundo a edição princets de 1562).
Livraria Civilização. Porto.1940. In- 8º de 374-X págs.
Br
preço:€15,00
terça-feira, 9 de julho de 2019
le moyen age roman art d'occident
e moyen age roman art d'occident I
henri focillon, ilustrado, librairie arman colin, 339 pp, ilustrado, 10€
henri focillon, ilustrado, librairie arman colin, 339 pp, ilustrado, 10€
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
O ESTUDO DA SIGILOGRAFIA MEDIEVAL PORTUGUESA
O ESTUDO DA SIGILOGRAFIA MEDIEVAL PORTUGUESA.
TÁVORA (D. LUIZ GONZAGA DE LANCASTRE E)
Lisboa, Instituto Português de Heráldica, 1990- In.- 4º de 62 págs. Broch. Índices Esfragísticos. Preço: indisponível
TÁVORA (D. LUIZ GONZAGA DE LANCASTRE E)
Lisboa, Instituto Português de Heráldica, 1990- In.- 4º de 62 págs. Broch. Índices Esfragísticos. Preço: indisponível
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Poetas do Cancioneiro Geral
Poetas do Cancioneiro Geral,
Prefácio, selecção, notas e Glossário de Álvaro Júlio da Costa Pimpão,
Livraria Clássica Editora, 1942, Lisboa, 78 pp., encadernação a meia pele inglesa;
Preço: € 12,00
sábado, 12 de agosto de 2017
Passagens da Antiguidade ao Feudalismo
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
A Canção de Rolando
domingo, 5 de fevereiro de 2017
terça-feira, 27 de setembro de 2016
Los Caballeros de Dios

Los Caballeros de Dios,
José Antonio Solis
2004, Arca de Papel Editores, 160 pp., br.;
Preço: € 8,00
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Como Reconhecer a arte Gótica
Como Reconhecer a arte Gótica,
Maria Cristina Gozzoli
Edições 70, 1984, ilustrado, 63 pp., br.;
Preço: € 6,00
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Hagiografia Medieval Portuguesa
Hagiografia Medieval Portuguesa,
Maria Clara de Almeida Lucas
Biblioteca Breve, ICLP, 1.ª ed., 1984,
143 pp., br.;
Preço: 8 €
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Mediaevalia – 1 (Santo Agostinho – A Natureza do Bem)
Mediaevalia – 1 (Santo Agostinho – A Natureza do Bem)
Introdução, Tradução e Notas de Mário A. Santiago de Carvalho
Fundação Eng. António de Almeida, 1992, Porto, 120 pp., br.;
Preço: 10 €
domingo, 17 de janeiro de 2016
A Civilização do Ocidente Medieval – Volume I
A Civilização do Ocidente Medieval – Volume I,
Jacques Le Goff,
Estampa, br.;
Preço: 15 €
sábado, 16 de janeiro de 2016
Arte do Ocidente (A Idade Média Românica e Gótica)
Arte do Ocidente (A Idade Média Românica e Gótica),
Henri Focillon,
Estampa, 1978, Tradução de José Saramago,
385 páginas, ilustrado, br.;
Preço: 15 €
A Filosofia na Idade Média
A Filosofia na Idade Média,
Paul Vignaux,
Presença, 1993, tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo,
226 páginas, br.;
Preço: 12 €
domingo, 10 de janeiro de 2016
A Bíblia na Literatura Medieval Portuguesa
A Bíblia na Literatura Medieval Portuguesa,
Mário Martins,
Instituto de Cultura Portuguesa, Biblioteca Breve,
1.ª ed., 1979, 141 pp., br.;
Preço: 12 €
"A Primeira Epístola aos Coríntios… Relia-a à luz de uma vela subitamente antiquíssima, E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim…" E Fernando Pessoa termina: "Meu Deus, e eu que não tenho caridade!»"Séculos atrás, meditara Camões o salmo 136, marcado pelo exílio: "Junto dos rios de Babilónia, ali nos sentámos e pusemos a chorar, / lembrando-nos de Sião." E Camões escreveu para a eternidade: "Sôbolos rios que vão / Por Babilónia, me achei, / Onde sentado chorei / as lembranças de Sião." O seu exílio não era só dele ou do seu povo. Era o exílio essencial de todos nós — um exílio por dentro. Para aquém e para além do teatro neo-clássico e dos grandes exegetas portugueses (entre eles o dominicano Frei Luís Sotomaior, nos seus comentários ao Cântico dos Cânticos), vemos o grande rio da nossa literatura, até ao séc. XIX, a prolongar-se depois no hic et nunc da vida portuguesa. E sentimos a Bíblia nas suas entranhas, mesmo quando a não enxergamos à tona da água".
Mário (Gonçalves) Martins, S.J. (1908-1990). O epitáfio podia ser breve: nasceu em 17. 2. 1908 (Zibreira – Torres Novas) e faleceu em Lisboa, 30. 6. 1990. Erudito e justo ficou na memória de todos quantos o conheceram ou leram os seus ensaios. Tendo entrado no Colégio das Missões Ultramarinas (em Cucujães, onde chega com o 5º ano de preparatórios), passa aos vinte anos para a Companhia de Jesus e nela faz o seu percurso académico, por lugares diversos (Braga, Enghien / Bélgica, Salamanca), fugindo ao monstro da guerra até regressar à pátria. Em 1943, fixa-se em Lisboa, integrado o corpo redactorial da revista Brotéria. Atraiu-o como campo de estudo o período medieval, onde demonstrou raras qualidades de inteligência e de sensibilidade literária. Partindo das fontes latinas, depressa se devota ao universo dos manuscritos medievais, particularmente dos códices alcobacenses, ainda pouco desbravados, na Biblioteca Nacional em Lisboa. Os ensaios, que, a partir da década de 1950, publica com regularidade, chamam a atenção, pela novidade dos horizontes que rasga, por entre homens e livros. Deixa encanto na prosa e enleia nas leituras que propõe – pelas correlações temáticas e textuais que estabelece, pela largueza nas perspectivas que lança ao abarcar a variedade dos géneros literários; as análises são tanto mais operativas quanto articulam associações em campos menos frequentados. Nele a intuição e a sensibilidade literária desdobram-se em capacidade criativa (que o levará ocasionalmente ao campo da ficção pessoal) e dão às suas construções leveza e graciosidade em que a poesia nunca é penhorada à erudição de que se alimenta nem o juízo crítico sacrifica a elegância do enunciado.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
A VIRGEM COM O MENINO NA ARTE ANTIGA E MEDIEVAL
A VIRGEM COM O MENINO NA ARTE ANTIGA E MEDIEVAL
Almeida, José António Ferreira de, 1913-1981
Porto : Tip. Emp. Ind. Gráf., 1954
42 p. : il. ; 26 cm
Conferencia realizada em 7 de Julho de 1952, no Saläo Nobre da Faculdade de Farmácia;
Preço: 10,00 €
sábado, 2 de maio de 2015
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